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Pequenas falhas na higienização de superfícies podem gerar grandes riscos desde contaminações cruzadas até infeções graves.

Ao adotar protocolos adequados de limpeza e desinfeção, é possível proteger pessoas, ambientes e reputações, especialmente em contextos sensíveis como saúde, indústria alimentícia e espaços de grande circulação.

Por que a higienização de superfícies é essencial?

  • Prevenção de doenças e contaminações cruzadas
    Superfícies frequentemente tocadas (como maçanetas, corrimãos, mesas e bancadas) podem abrigar bactérias e vírus por horas ou até dias, atuando como meios de transmissão. A contaminação por contato é um vetor comum de infeções infeciosas.
  • Qualidade do ar e preservação de materiais
    A sujeira acumulada compromete a durabilidade das superfícies, reduz a qualidade do ar e favorece a proliferação de pragas.
  • Ambientes hospitalares e clínicos
    Em serviços de saúde, microrganismos presentes em superfícies e equipamentos são frequentes responsáveis por Infeções Relacionadas à Assistência à Saúde (IRAS), que causam milhões de mortes anuais — muitas evitáveis com higienização adequada.

Etapas e melhores práticas de limpeza e desinfeção

Processo ideal de higienização

Conforme metodologia Embrapa:
• Pré-lavagem — remoção de cerca de 90% da sujeira com água morna (~40 °C)
• Lavagem — uso de detergentes (alcalinos para gorduras/proteínas; ácidos para minerais)
• Enxague — remoção de resíduos para preparar a superfície para desinfeção
• Sanitização ou desinfeção — aplicação de agentes como hipoclorito de sódio, ácido peracético ou calor/vapor, conforme compatibilidade.

Protocolos que recomendamos

Ordem de limpeza: Sempre do ponto mais limpo ao mais sujo, em movimento unidirecional, do fundo para a porta, de cima para baixo.

Limpeza manual húmida: uso de panos, mops ou rodos embebidos em solução detergente, seguido de enxágue e desinfecção com álcool 70 % ou desinfetante apropriado.

Limpeza terminal e concorrente: definir frequência com base na criticidade da área (diária, semanal ou quinzenal) – áreas críticas demandam maior rigor.

EPIs obrigatórios: uso de luvas, máscaras e outros equipamentos conforme o agente desinfetante, segurança e tipo de superfície

Níveis de desinfeção

Baixo nível: eficiente contra bactérias vegetativas, não elimina esporos.

Intermediário: inclusive tuberculicida e vírus/fungos, mas pode não destruir todos os agentes.

Alto nível: destrói a maioria dos vegetativos e alguns esporos, requer produtos mais potentes.

Benefícios reais de uma limpeza bem feita

  • Redução de contaminações = Menor risco de surtos e doenças transmitidas por contacto;
  • Durabilidade preservada = Menos desgaste e manutenção em superfícies e equipamentos;
  • Ambiente mais saudável = Melhor qualidade do ar e sensação de limpeza em espaços públicos;
  • Confiança e reputação = Clientes, colaboradores e paciente percebem um cuidado superior.

A segurança começa nas superfícies. Implementação de protocolos, escolha de produtos corretos, treinamento da equipe e execução meticulosa. Invista nessas práticas e proteja vidas, fortaleça a credibilidade e promova um ambiente mais seguro e sustentável.